sábado, 25 de janeiro de 2014

Quando anjos simplesmente caem

“ Corri desesperada para a casa dela apos a décima ligação em que ela não atendia. Gritei com todas as forças no portão, com a esperança ingênua e tola de que ela atendesse. Não houve resposta, não havia ninguém, talvez não houvesse mais tempo...
            Pulei o muro – não sei como – e corri em um estado semi consciente para a porta. Nunca entendi porque fiz isso tudo, mesmo que no meu interior soubesse o que iria encontrar, mesmo que eu soubesse que não havia mais tempo, e nada que eu fizesse poderia salva-la ou ajudá-la, creio que ate o fim tentei acreditar que havia esperança, mas não havia ...
            Lembro-me claramente o temor que senti quando entrei na sala, lembro que primeiro percebi o cheiro de morte, nunca acreditei que a morte tivesse cheiro, mas aquele cômodo branco, simples, da periferia de uma grande cidade, isolada de tudo, de todos, do amor e do carinho, transpassava a dor que finalmente passaria.
            Ela estava como um anjo caído jogado no chão, tão branca como giz, parecia uma boneca, seus olhos estavam fechados, e seu rosto estava calmo, mas ela jazia em uma poça de sangue, não entendi como pude ficar tão calma diante de uma cena tão chocante... não me desesperei, não chorei, não senti nada, senti tudo calmo... aproximei , não á toquei – jamais ousaria toca-la – não me revoltei por não ter conseguido salva-la , senti apenas uma leve dor no coração por te-la deixado morrer ali, sozinha, inundada de dor e desespero. Um desespero tão grande que a fez terminar com tudo...
            De súbito percebi, olhando para aquele rosto pálido que era eu, que não havia mais volta, que eu acabara com tudo que eu tive, tinha ou poderia ter, eu , com um único corte, pus fim a uma vida de dores e sofrimento, talvez as pessoas jamais entenderiam porque fiz aquilo, mas eu sabia, há momentos em que a dor é tão grande, em que não há mais porque viver... “

 Não sei bem porque resolvi escrever isso, as vezes meus pensamentos são confusos ate mesmo pra mim...


"Why didn't you tell me "
He whispered
Looking at me scars
"Because"
I replied.
"I can hurt my self
But I can't love you"






Today : Continuo com 55 kg, muuuuuuuuito estacionada nesse peso maldito, precisando tomar fra, lax, furo, e o que mais tiver.  Ate sexta - feira preciso de 53-54 ;///



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O inicio de uma queda ou o começo de uma nova vida!

    Nunca gostei de escrever, confesso que sempre achei isso um pouco clichê, ou perda de tempo, mas com o tempo percebi que escrever funciona tão bem quanto falar, que ao escrever liberamos da alma o que nós temos de mais ou brilhante ou de mais escuro.
   Obviamente não preciso dizer que é um blog de Ana né? Cassie In winter, surgiu da junção de dois grupos do whatsapp, onde conheci as pessoas mais fantásticas da minha vida, e que hoje tenho como irmãs, Sisters of Ana é dedicado a todas aquelas amizades, que nascem de momentos escuros entre meninas e também entre meninos em um momento em que precisamos de ajuda,onde não importa o rosto ou quão longe a pessoa esta, o sentimento sincero de querer ajudar acaba salvando vidas que estão para serem desfeitas.
   Me identificarei como Mary, ( obvio que não é meu nome verdadeiro né) ( qualquer semelhança com alguém que você conheça é mera imaginação sua). Tenho 20 anos, e comecei, eu acho, a ser Ana aos 17, sem saber que aquilo mudaria o resto da minha vida, para sempre...
   As vezes tento entender em como comecei , acredite, acho que não é possível determinar um momento especifico, um dia você simplesmente é. Mas no inicio, lembro que tinha 69 quilos( tenho 1,70 metros) estava realmente acima do peso. Foi quando tudo começou, minha mãe, uma senhora amável que eu sinceramente acho que me odeia, começou a praticar o famoso 'bulling' contra mim, sua própria filha, desde apelidos como gorda e frases do tipo 'nenhuma roupa bonita jamais servira em você' e ' você come demais' aliado com a falta de apoio e pressão em excesso de toda uma família, cheguei a um ponto em que não tive opção.
    Três ano depois, e menos 14 quilos depois descobri que não e o bastante, durante muito tempo me contentei em ser mediana, mas agora quero ser perfeita, e a perfeição encontrasse aos 46, hoje começa uma jornada que espero ser sinceramente breve...

                                                                                               

                                                            Mary